SÓ GENTE FIXE:

pedacinhos de amor

20 de junho de 2010

passado!

Frases por dizer, sonhos por sonhar, promessas por cumprir, ilusões vividas, e mágoas sentidas. Foi uma tempestade, disso não duvido, começou com pequenas gotas a baterem no parapeito da minha janela e cada vez foi ficando mais intensa, existiram momentos em que não reconhecia as sombras que existiam à minha volta, momentos em que os meus olhos tiveram que se adaptar à escuridão, e ao silêncio ensurdecedor que até era bom reflectido com o que estava a sentir, com o vazio que existia dentro de mim e ao mesmo tempo tão completo. O tempo parecia não fazer nada, e a típica frase que dizem quando estamos em baixo ("com o tempo tudo vai passar"), fazia tudo menos efeito, acho que existiram momentos em que pensei que iria durar para sempre, que tudo aquilo iria fazer para da minha vida, mas a chuva tornou-se em pequenas gotículas, e o Sol começou a brilhar, e num ápice e sem perceber o porquê, a normalidade voltou, e ficou! Não digo que me arrependo, mas se tivesse a oportunidade faria tudo de forma diferente, de forma mais coerente e melhor. (Provavelmente não perceberam nada do que escrevi, mas era apenas uma desabafo)

Um comentário:

nadia disse...

Pensamos que temos tudo, o controlo sobre o mundo, mas queremos sempre mais, queremos o impossível, e mudamos, crescemos com as nossas opções, sofremos e magoamo-nos não só por dentro como por fora, andamos por caminhos desconhecidos, e pensamos que teremos sempre o nosso “ponto de abrigo”, o nosso ombro direito, que temos sempre um farol a iluminar-nos. Com o tempo eu percebi que nada se determina com o “sempre”, nada é completamente nosso, e nunca conhecemos ninguém o suficiente bem para não haver desilusões, acontece sempre algo e nesse momento desejamos recuar no tempo eliminar a raiva que vai dentro de nós por termos sido muito ingénuos, e cobardes em não termos admitido que tudo o que morre não nasce outra vez, e recuamos no tempo lembramo-nos de muitos os momentos em que esse “ponto de abrigo” era nosso, e rimos e chorámos mas tudo tem um fim, e nada do que é real dura para sempre.


tua autoria (: