SÓ GENTE FIXE:

pedacinhos de amor

15 de dezembro de 2010

Dia 21 - Um texto que tenhas escrito há algum tempo.

"Pensamos que temos tudo, o controlo sobre o Mundo, mas queremos sempre mais, queremos o impossível. Mudamos, crescemos com as nossas opções, sofremos e magoamo-nos, não só por dentro como por fora. Andamos por caminhos desconhecidos e julgamos que temos sempre o nosso "porto de abrigo", o nosso ombro direito, que temos sempre um farol a iluminar-nos. Com o tempo, eu percebi que nada se determina com o "sempre", nada é completamente nosso e nunca conhecemos ninguém o suficiente para não haver desilusões, acontece sempre algo e, nesse momento, desejamos recuar no tempo, eliminar a raiva que vai dentro de nós por termos sido tão ingénuos e cobardes em não termos admitido que tudo o que morre não nasce outra vez. E recuamos no tempo, lembramo-nos de muitos momentos em que esse "porto de abrigo" era nosso. Rimos, chorámos, mas tudo tem um fim e nada do que é real dura para sempre"
2008



Nenhum comentário: